domingo, 28 de março de 2010

sábado, 27 de março de 2010

Relato do status imbecil [isso foi pleonasmo]

Estacionamento. Lá você vê pessoas entrando. Pares de marca de mãos dadas. Salto alto e tênis caro. Burgueses casais. Amor jovem, amor jovem de família. Família. Crianças, adultos, cidadãos de bem. Esteticamente bonitos, tatuagens como adorno, não exteriorizam nada interior aos seus poros. Se exteriorizam, exteriorizam uma vontade de ser olhado e comentado de modo esteticamente positivo: "Ah, que bonitinha!"
Andando pelos corredores, aquele barulho de muitas pessoas. Cheiro artificial. Perfume. Produtos, etiquetas. Mais casais, mais borboletinhas, mais flores bonitas na pele. Claridade, corpos esbeltos moldando roupas.
Loja de roupas. Araras cheias dos mesmos modelos e tecidos do último ano [seriam as cores que mudam? As vitrines me parecem tão iguais, mas eu sei que são diferentes, elas TÊM que ser diferentes.] No meio delas, acessórios. Acessórios comuns, de gente comum. De gente de bem. De gente sem graça, de peças mecânicas, peças que servem, que alimentam o modo de produção atual. APENAS PEÇAS. Peças felizes por estarem inseridas, pois é por estar inserida que ela aliena o fruto do esforço para comprar um pedaço de plástico, fruto da pobreza.
Uma peça bonita. Européia. Nela uma etiqueta. "importado", ela diz. Apenas "importado".
Mas, afinal, importado de onde?
Resposta: Quem é que liga? É importado. Veio do Norte, veio do Norte para servir o Sul subdesenvolvido. Então ter uma peça importada, é ser superior a essa classe subdesenvolvida. É ter contato com seres que falam uma língua mais bonita, mais popular. Detentores de beleza aceita [mentira, é imposta mesmo] por todos como a maior.
Importado? Importado! Veio de fora do país. Se não veio do Norte, veio de qualquer outro lugar. Um lugar que se comunica com você. Comunicação. A peça social quer comunicação. Ela implora por comunicação. Ela se afunda em contas para tocar outro lugar. Para se esquecer, por um segundo, da falta de significado que ela tem para a sociedade, para o seu país, para ela mesma.
Importado! Só não se sabe de onde, não importa de onde.

I know a man who's a braver man, and twenty men as kind

But what are you
that should be
the one man in my mind?


O medo da imagem? O medo de sofrer, de ser o fraco, a vítima, de ser olhado com dó.
Quando é que cessam os medos e se vive? Só vivemos com medo?
Por que é que quando se está no céu, mesmo quando se está pleno, existe o medo do outro extremo? É mais fácil acreditar no presente estático, o início da linha do futuro, uma constante.
O mais fácil nunca é o real. Apesar de o real ser simples.
Deixando o romantismo de lado, você reconhece o dinamismo da vida, do presente . [e que bom que as coisas mudam]

FUTURO.
Futuro é esperança. Estava estes dias refletindo sobre o medo. Por que é que sentimos medo? Cheguei a conclusão de que é porque temos esperança.
Imagine-se em um lugar que lhe desperte medo. E esse lugar pode ser qualquer um, o medo é sempre o mesmo, é instintivo.
Eu peguei o 'castelo do terror' dos parques temáticos da vida aí.
Você entra, e tem medo. Muito medo, pavor. Vontade de sair, porque sua vida não pode acabar ali [relembrando, o medo é instintivo, logo, autônomo. Funciona sempre do mesmo jeito. Portanto, acho que não exagero falando de 'vida' num parque de diversões] É a esperança. A esperança que te faz ver graça, ver a vida e gostar dela.
Um suicida, um real suicida. Não daria a MÍNIMA pra tal ameaça. O que ele mais quer é se entregar. Não tem forças [ou não quer ter] para enfrentar suas dificuldades, já não vê saída.


Enfim, achei este texto raso.
Isso só me levou a uma conclusão: Carpe diem!

Aproveitar cada segundo antes da tragédia.
Não se apegar a uma constante, mas sim a momentos

sábado, 20 de março de 2010

Quantas belas palavras foram gastas aqui com pessoas nem tão belas assim.

Agora, enquanto o alvorecer acontece, simplesmente não há palavra que expresse a luz e o calor do sol.
E de close em close, fui perdendo a pose até sorrir feliz (:

quarta-feira, 3 de março de 2010

Primavera. Flores do mal (?)

Não é primavera, porém, é meu estado. Três dias de completa alegria e paz interior. Por que?
Procuro sempre o buraco no verde chão do paraíso. O inferno se encontra no meio do paraíso. Seria essa a hora de toda a vingança do destino? Pois quanto mais alto estamos, mais alto caímos. Desde quando tenho medo de cair? Desde que descobri que a minha força vem de um sonho? Quando os sonhos se tornam palpáveis, têm muita chance de dar errado, não?

Preciso de um novo sonho.
Estagnada (?)

Por que não somente feliz? Por que não acreditar na bondade? Por que se defender tanto? Tudo isso é medo da imagem. Está aí. Um novo sonho.

terça-feira, 2 de março de 2010

Meus livros para fingir que estudo
Meu violão para fingir que toco e
Minha vida para fingir que vivo


Lais Fiebig