terça-feira, 26 de julho de 2011

E foda-se o dia do amigo. Escrevo quando me convém!

Não vejo mais meus amigos com tanta frequência. Os vejo três ou até menos (muito menos) que uma vez por mês. E vou vivendo. Essa ausência me ensinou a ser forte e a não ter tanto medo assim de fazer as coisas sozinha. Não que eu não precise mais deles, não é questão de necessidade. Acontece que sua presença acabou se tornando mais do que frívola dependência ou rotina; acabou por exaltar a cumplicidade e o afeto característico daqueles que amam mais do que se divertem (sou dessas). Vivo longe. Se não de distância, por efeito dos compromissos mundanos. E me encanto. Me encanta ver tudo o que eles são capazes de fazer, viver e de pensar. É um prazer imenso partilhar minha vida e conhecer mais o seu presente, mesmo sem fazer parte disso tudo que vcs se tornaram . Eu amo muito todos vocês, senhores, senhoras e senhoritas da minha história (:


(postado no dia 22 de Julho durante um surto de carência e nostalgia)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Não acho que escrever ajude em nada. Não agora que já não me vem nada ao peito se não o alívio de, aos soluços, trazer ao universo toda a desordem daquilo que não se deixa colocar nos ínfimos eixos organizadores da fala. Mais do que tudo o que se diz, é o que se sente: e o que se sente é realmente o que importa, logo, não acredito que apenas escrever teria adiantado se não viessem, cedo ou tarde, os soluços. E quando vêm, tiram do peito toda a gramática, todo o som. E só resta me entregar aquilo que toma todo o corpo, aquilo contido por toda a noite, que sente entre as quatro paredes da mente, conforto suficiente para rebentar. E dizer. Não a causa, mas o presente. Não o motivo (desconhecido), mas o potencial. E não mais que tardiamente traz toda a calmaria do vazio pós transbordamento. De tristeza? De mágoa? De ódio? Talvez de vida. Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos. Agora posso dormir em paz.


Já tentei ser boa, mas hoje quero ser ruim. Com justiça.