terça-feira, 19 de janeiro de 2010

enfim, o verão de nossa esperança

Quando eu prometi que em 2010 haveria mudança, nunca pensei que seriam tão profundas assim.
Estou, com esperança, reconhecendo a minha face novamente ao me descrever.
Tenho minhas metas, minha vida, tudo num 'eu sozinho'. Onde não preciso de ninguém para me sentir feliz, porque o maior motivo da minha felicidade é com quem eu sou e com quem eu vou me tornar. Tenho fé no meu futuro porque ele vai ser, novamente, o que eu mesma reservo.

Agora acho que não vou ter muito o que escrever aqui. Não por falta de conteúdo, como no ano de 2008, que o índice de posts diminuiu drasticamente, mas porque quando estou de bem comigo, não me restam coisas a desabafar. Me restam reflexões a aprimorar. Mas, eu odeio teoria. Isso nunca mudou. Por isso, não vou perder tempo com tópicos, tentar explicar algo que possa ser estudado. NÃO! Não quero que estas reflexões sejam estudadas. Quero que elas sejam para quem as mostro, uma ajuda na prática da vida. Assim é que se sente. Não através daqui.

Talvez comece a postar algumas coisas, não sei o que ainda. (:

Quando comecei a escrever este post, nem sabia o que ia sair... Afinal, estou feliz =D
Recuperei minha fé em mim.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ouro de tolo

Sinceramente, eu tenho muita sorte por não me sentir feliz dentro da fôrma e poder me dar conta disso, de que estava tentando me adequar e, assim, sendo infeliz.

Hoje é o dia em que eu mudo, mais uma vez, o design do blog.
A antítese não existe! Eu só finjo bem... Só mantenho uma imagem para tentar ser mais complexa e intrigante PARA OS OUTROS.

Se, de fato ela existiu e foi tão forte, foi simplesmente por este meu 'eu' egocêntrico lutar contra o meu eu verdadeiro.

Este é o alvorecer da minha vida.

e não, Brian Warner, Há sim, um novo início vindo atrás do Sol, mas eu posso sim alcançá-los as fast as I run

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

retiro, o espírito

Este texto foi escrito em alguma noite entre os dias 14 e 19 de Dezembro enquanto me encontrava na pacata cidade de meus avós. Reconheço a autora como a parte espiritual de mim.

Tais dias em tal terra me trazem uma sensação já descrita por muitos no passado, mas não em foma positiva ou alegre. Aliás, não o é, po´rém, não é triste ou carregado de sentimento.
Caracteriza-se essa passagem mais como um retiro, onde o exterior é descartado- como não consigo alcançar tal exercício seguindo outro princípio, o faço impulsionada pelo tédio. Sim, o tédio! Principal companhia por estas ruas de paralelepípedo onde a única distração é a putrefe televisão, que me causa crises ao perceber alguns discarados mecanismos de emburrecimento.
Escrevo deste modo para reclamar. Essas são as palavras secundárias que planejei registrar hoje. Como sempre, o secundário é aquele esforçado que nada vale diante da magia do primário. Pois o primário se perdeu. À mim as palavras chegam sempre sem esperar. Embora desta vez receasse que não viessem.
Estava a construir uma crônica. Alienada, sempre. Infelizmente, como tudo que penso em escrever. Mas no tempo entre a mesma e uma caneta, esvanescera-e, para sempre, o feto de meu esclarecimento. Durante a busca, fizera também alguns versos sobre versos não registrados. A estes, adivinhe, a honra do registro também não fora concedida. Entretanto, de tão esclarecida a idéia, fez-me salvar pelo menos o enredo de tal motezinho.
Lá dizia que eu odeio versos perdidos, entretanto, o registro dele, quando se faz, é banal. O verso é banal. Não me considero vaidosa -e cega- o suficiente para considerá-los boa coisa. Quando me vem os versos, sinto que é preciso registrá-los, mas, se o faço ou não, não me importa. Exprimi. E está acabado. Quando registro, me enveneno de vergonha. Mas que paradoxo, deve você pensar. Afinal, posta tudo a quem quiser ler. De fato, gosto que se interessem por mim, mas não o incentivo de modo algum. Ao menos quando quero que vejam. Versos banais, porém necessários em certas ocasiões.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dama de pedra, Grandeza de lama, Ignomínia sem par!

Tento na infância desvendar os caminhos que me tornaram assim.
Fria, incapaz de amar. Pelo menos aos olhos daqueles que me querem perto de um jeito especial.

Cada vez mais imagino duas garotas completamente opostas em mim.
Uma é aquela dominadora. Olhos bem delineados e boca vermelha. Olhar aristocrático. A imagino num bar. Uma roupa sensual ao corpo, cigarro na mão. Geralmente sendo observada por um garoto. Mistério é a sua aura, egocentrismo é tudo o que ela pensa. Em ser melhor, superior (é podre, eu sei. Mas é isso, em raíz) É interessante, sim. Mas olha para cada um que demonstra interesse como um jogador em potencial. Faz de tudo para ganhar, ser a mais forte. Pensa em status. Na sua imagem e reputação próxima ao tal. Não sei o que ela pensa do amor. Deve esperar o idealizado cair em seu colo, se apaixonar intensamente e ser feliz. E, é claro! Que ele goste muito dela. Pois se não o fizer, ela prefere sofrer escondida e revelar a mais bela e resistente armadura que se pode vestir. É a beleza. A imagem. O valor padrão que toma conta de mim, a que mais se desenvolveu nesses últimos anos. É a minha parte ultra-romântica, burguesa, decadente, doente. A mesma parte que precisa de nicotina para ir morrendo aos poucos e deixar este mundo infeliz e tedioso. A garota que sonha com seu carro, sua independência financeira. Facilmente esqueceria o ativismo e ideal espiritual por uma dúzia de viagens onde aprenderia novas línguas e conheceria gente interessante. Fascista perfeita.

A outra. Ah, a outra.. Eu imagino com um tênis batido, short e uma camiseta G masculina. Cabelo preso e óculos de sol. Ela eu vejo no sol. De dia, num ambiente fresco. Eu vejo a ideologia impregnada em seu corpo. Nada de pintura, peças de roupa caras, não. Ela não precisa de tais artifícios para se mostrar forte, inteligente e consciente de seus atos perante a sociedade. Nela eu vejo sempre um sorriso. Não muito dinheiro no bolso, nem um carro. Mas é mais fácil enxergar amigos. Amigos fortes, iluminados. Ela não sente necessidade de sair de seu estado. Tem tudo o que precisa para ser feliz aqui. O seu lugar, a sua personalidade. Coisas que a deixam feliz por se identificar com elas aqui mesmo, conhecimentos a trocar. Uma reputação sim, inevitável. Porém nada como "a garota difícil, garota problema, aventureira em corações". Confesso que, eu, como estou agora, impregnada da garota com olhar aristocrático, acho essa segunda meio sem graça. Incapaz de ter uma relação duradoura com alguém.

Não sei se Deus pode mudar a minha vida, mas, estou achando que Satã sim está tendo este poder. Não falo de corrupção, mentira, rituais maléficos. Falo de alienação. Burrice e egocentrismo. Amor idealizado e logo, tristeza.
A melancolia e a morbidez quando nos entregamos são doces. A atmosfera cheia de fumaça, densa, pesada e escura me acolhem. Entretanto, acho que isso só serviria para mostrar aos outros. Como cicatrizes nos pulsos de alguém corajoso demais para fazer uma imagem, mas covarde demais para se matar de fato.
Sinto falta do ar puro, de um sorriso. O coração batendo num ritmo em que a sensação inunda a alma. O vento batendo. A suavidade da tez, cabelos ao vento. Numa simples manhã de Sol, assim como era quando, aos seis anos de idade, eu acordava, abria as janelas e assistia televisão deitada. Era o alvorecer de um novo dia. Claro, fresco e livre.
Sinto falta de amar como criança.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Te quiero, chico. Te quiero en libertad

NUNCA. NUNCA apaziguar as vontades.
Aquele abraço deve ser dado
Aquelas palavras devem ser ditas

Porque amar tem o frescor da juventude. Amar é o verão eufemista, a intensidade de um curto espaço de tempo, o qual fica no peito junto a um sorriso.
Amar não deve ser adulto, racional, possessivo ou manipulador, não deve nunca ser maduro.

É preciso aprender a ser criança...