quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Doze de novembro de dois mil e nove

Nada melhor que um aniversário para fazer um balanço de sua vida. Ano novo e natal também servem, mas, no meu caso, o aniversário vem perto e antes.
Não que fazer um balanço seja mau, mas comparar este aniversário com outros é ruim, ainda mais quando se sentiu no céu em um e em outro tratou como um dia longo que demora a passar.
É claro que há aqueles que se importam realmente com você e fazem do seu dia, pelo simples ato de serem sinceros e se expressarem, um dia especial.
Mas a morbidez em que me encontro agora transformou essa data que eu sempre achei tão bela e suave até nos números em um desejo intenso e inabalável de me encontrar sozinha, entre tristeza e reflexão.
Incrível como uma única ação no fim de seu dia possa construir a lembrança tão intensa e melancólica do que essa data foi.
Uma rede inteira de amigos, um dia cheio de descobertas e sentimentos profundos raramente sentidos e muitas risadas felizes vão embora com a indiferença de uma única pessoa.
Indiferença. Apenas a indiferença de alguém nem tão próximo assim te estraga o dia.
É idiota, sem motivo, quase ridículo, concretamente vergonhoso admitir isso para alguém, mas eu fiquei triste por esperar algo de outra pessoa.
Um simples desejo forçado fez toda a atmosfera quente, feliz, iluminada e colorida do dia cair por terra e transformar pássaros em morcegos e um coração em um simples pedaço de músculo.
Não me permito esperar algo de qualquer pessoa. Nunca me permiti. Amor é para ser dado e não recebido.
Agora vejo o quanto me corrompi sem a mínima percepção. Como o idealismo toma tanta conta que consegue me desviar de mim mesma?
De qualquer modo, meus emocionados agradecimentos para aqueles que hoje me fizeram sentir querida.
Aos outros, obrigada por tornar isso um dia normal.

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