terça-feira, 13 de abril de 2010

incompetência. sufoco.

O fato de estar satisfeita realmente me emputece. É, me emputece mesmo, se a palavra não existia, passou agora a existir. Me emputece o fato de saber que estou feliz e, por tanto satisfeita com minha condição. Afinal, satisfação significa comodismo, e o comodismo cega.
Quando reflito em relação ao movimento, caio naquela de que a humanidade é insignificante até pra ela mesma.
Afinal, eu estudo... estudo para trabalhar. Se não, estudo para satisfazer necessidades intelectuais de outras pessoas, que tiveram necessidades como a minha. É isso o que chamam arte hoje em dia.
Fazer as coisas para si é apenas labor, não te dá sentido. Estou achando que to caindo nessa de achar que o trabalho é realmente aquilo que dignifica o homem. O que é que me faz pensar que eu deva realmente existir se não o fato de que eu tenha que servir a sociedade? Tenho que existir para ver as amadas crianças a minha volta crescerem? Sim. Me seria de bom grado. Entretanto, o que mais? De que mais consiste a vida se não sua ocupação?
Como ser alguém bom para alguém, sendo que não me exercito, não tenho coisas úteis a passar? Seria apenas uma seção inútil no jornal. Do tipo 'entretenimento alienante'
De que me vale uma total revolução interior?
De que vale a modificação de uma sociedade?
São fatos. Não é bom, não é ruim. Talvez nem desperte emoções.
Emoções. Emoções são inúteis, ilusões. A realidade, por outro lado, não representa muita coisa, já que não causa emoção. A realidade são só artigos de jornais. Coisas que você deve saber para ir bem em uma prova... E passar nela... E ser um cidadão de bem, ser alguém formado. De que importa?

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