segunda-feira, 30 de março de 2009

o que não foi de hoje

E qualquer lugar era melhor que sua casa.
O sereno da chuva escorria em seu rosto como as lágrimas que não brotavam
Estava só. Em marcha lenta, fúnebre, de volta à rotina em que assegurava-se sua vida.
_Pelo menos hoje chove, ela pensou.
Respirou fundo. O ar úmido invadiu seus pulmões e, como em um sopro de vida, lembrou-se do que estava sentindo. Apertou-se a garganta, aqueceram-se os olhos.

Foi aí que chegou em casa, jogou seu material num canto qualquer e quando a chuva parou de cair, chorou.

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